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Ergonomia em Home Office: Dicas para quem pretende montar um escritório em casa


O home office tem crescido muito no Brasil, provavelmente puxado pelo aumento do trabalho intelectual, inovações tecnológicas nos meios de comunicação, sobretudo dos meios virtuais e, por que não, pelo aumento crescente da violência urbana e da dificuldade de locomoção nos grandes centros. Muitas empresas tem investido na montagem de escritórios na casa dos funcionários, deixando-os lá, trabalhando quietinhos em seus cantos e, mesmo com o investimento necessário para se montar o escritório e com os custos referentes a telefonia e internet, o ganho em produtividade pessoal e redução das estruturas fixas em escritórios tradicionais compensam, e muito. A Ticket investiu nesta ideia e fechou 24 unidades administrativas economizando mais de 3,5 milhões referente à despesas fixas com aluguel. Segundo a consultoria Top Employers Institute 14% das empresas brasileiras já mantem programas formais de Home Office.E se você tem a possibilidade de trabalhar a partir de casa, mesmo que sejam só alguns dias do mês, certamente você é um privilegiado e deve aproveitar essa oportunidade.

Mas, trabalhar em casa não significa vestir aquele shorts da copa de 94 e sentar no sofá com o notebook apoiado na barriga, tendo como ruído de fundo o Zeca Camargo apresentando o Vídeo Show.

Se você fizer isso, sua produtividade e a sua saúde física devem ir para o vinagre em muito pouco tempo. Então, se você quer mesmo ter um lugar para trabalhar em casa, siga essas dicas e desfrute desse novo modelo de trabalho que vem crescendo muito no Brasil.

1) Prepare o ambiente

A escolha do lugar: O primeiro passo é escolher o lugar onde instalar seu escritório. Quanto mais isolado, melhor. Nem pense em montar sua mesa no meio da sala de estar ou no quarto de dormir, a menos que você more sozinho. Caso contrário, inevitavelmente você será afetado pelo movimento natural da casa, sobretudo e principalmente se tiver filhos. Então, procure um cômodo sem uso, que tenha porta, não esteja no meio da passagem para outros cômodos e que ofereça o mínimo de privacidade e isolamento acústico.

Pintura: Depois que você já encontrou o local certo, é hora de dar um trato no visual para que ele fique minimamente confortável. Pinte as paredes com cores adequadas que estimulem o trabalho e, sobretudo, a criatividade. Para saber mais sobre a interferência das cores na ergonomia vai aqui.

Iluminação e ventilação natural: Se o ambiente escolhido não possuir janelas, é melhor você procurar outro local. Um ambiente sem iluminação natural acaba se tornando desconfortável, sobretudo se você for permanecer lá por muito tempo. A luz e a ventilação natural são muito importantes para o conforto e para o estado de espírito.

Se o seu ambiente for justamente o contrário do exposto acima, ou seja, se você tem excesso de janelas, deve providenciar cortinas para evitar que a luz incidente possa causar ofuscamento. Tome cuidado também com o posicionamento da mesa e do monitor para que a luz natural não reflita diretamente na tela, pois isso vai causar desconforto, dificuldade ou mesmo fadiga.

O posicionamento ideal é que a mesa de trabalho esteja perpendicular à janela, veja um exemplo na imagem abaixo:

Iluminação artificial: Providencie lâmpadas adequadas que lhe garantam um ambiente bem iluminado e posicione-as acima da mesa de trabalho, nem muito para trás a ponto de perder o fluxo luminoso, nem muito para frente a ponto de causar ofuscamento da visão. Veja um exemplo de posicionamento da luminária e uso de iluminação combinada.

Ventilação artificial: Mesmo tendo janelas para lhe proporcionar ventilação natural, você pode precisar de um auxílio, sobretudo nos dias mais quentes. Pois, se insistir em trabalhar no meio de uma sauna, certamente não irá render adequadamente. A temperatura ideal para escritórios é entre 20ºC e 23ºC.

O ideal é ter um ar condicionado que a cada dia estão mais acessíveis. Se optar por um condicionador de ar, procure uma loja de confiança e adquira um aparelho adequado para a metragem do ambiente. Não compre equipamentos menores por serem mais baratos, nem maiores a ponto de desperdiçar dinheiro, compre o aparelho certo para a sua necessidade. Se você pretende ficar mesmo no ventilador, prefira os de teto, pois o fluxo de ar vindo de cima é mais adequado, uma vez que o ar frio irá descer e o fluxo não irá ficar voltado direto para você, além desses aparelhos oferecerem a opção exaustão. Se for utilizar os modelos tradicionais, mais simples, posicione-o de modo que o fluxo de ar não atinja diretamente seu rosto.

Além da metragem, o número de equipamentos eletrônicos o número de pessoas no ambiente e o nascer do sol devem ser considerados.

Observação:

Não indicamos nenhuma loja ou equipamento.

O BTU – British Thermal Unit ou Unidade térmica Britânica – é a unidade que determina a potência de refrigeração de cada aparelho de ar condicionado.

O ar condicionado naturalmente tira a umidade do ambiente, atente-se para o uso combinado de umidificadores de modo a manter a umidade relativa do ar não inferior a 40% (quarenta) por cento.

Tomadas elétricas: É comum as pessoas esquecerem desse detalhe tão crucial. Se o ambiente escolhido não possuir tomadas em quantidade suficiente ou nos locais certos, você terá de resolver isso, preferencialmente da maneira correta, ou seja, chamando um eletricista. Não tente resolver a falta de pontos de energia esticando extensões e usando meia dúzia de divisores de tomada, além de representar risco de acidentes e incêndio, ainda deixam o ambiente com ar de improviso.

2) Invista em mobiliário

Cadeira: Nem pense em aproveitar aquela cadeira de praia ou aquela velha cadeira do seu avô. Invista dinheiro na compra de uma cadeira ergonômica.

Mesa: Prefira uma mesa de escritório em padrão “L”. Este tipo de mesa permite uma melhor acomodação dos antebraços sobre o tampo. Também fique atento para não comprar mesas com quinas vivas que possam causar desconforto.

Armário: Não deixe de prever pelo menos um armário ou estante para o seu escritório. Você certamente vai precisa guardar documentos, livros, folhas para impressão etc. Para evitar que tudo isso fique jogado pelos cantos, é saudável ter um armário.

O ideal é manter aquilo que você mais utiliza ou que seja mais pesado na área azul e vermelha (entre a linha do ombro e da cintura), itens menores na verde e itens de menor uso na amarela.

3) Invista em equipamentos

Computador: Temos uma péssima notícia: Aquele seu velho computador IBM 486 não poderá ser aproveitado no seu home office, a não ser como objeto de decoração. Se na empresa você reclama porque o computador já não é lá essas coisas, imagina em casa, tendo que lidar com um computador com 20 anos de uso. E o pior, sem ter para quem reclamar. Então, invista em um bom notebook. Não compre desktop, o notebook cumpre perfeitamente essa função e ainda lhe permite mobilidade para trabalhar em outros locais.

Monitor: Como você vai trabalhar com um notebook, não deixe de prever também a compra de um monitor de no mínimo 21 polegadas. Trabalhar em um notebook de tela de 12 ou 14 polegadas por mais de 2 horas é simplesmente horrível além de causar fadiga visual e facilitar os desvios posturais, como o posicionamento da cabeça para frente. Ter um monitor externo representará mais ergonomia e mais produtividade.Teclado e mouse: No entanto, até que você tenha um monitor externo, utilize um suporte para regulagem de altura do notebook e um teclado e mouse externos. Isso é o mínimo de ergonomia para quem trabalha com notebook.

4) Crie rotinas e fuja delas de vez em quando

Encarne o personagem: Vista-se razoavelmente como quem vai trabalhar. Mesmo que seja um tarje mais descontraído que aquele usado no escritório da empresa, cueca e chinelo estão fora de cogitação.

Tenha horários: Você está em casa, pode se dar ao luxo de parar, comer, espreguiçar, caminhar um pouco, ir olhar o sol, deitar na cama… Tudo é permitido, afinal esse é o lado bom de um home office, porém tenha limites. Estabeleça blocos de tempo para submergir no trabalho, desligue-se das tentações da casa e concentre-se naquilo que precisa ser feito.Oito minutos já podem ser considerados como pausa de recuperação e são suficientes para recuperar até uma hora de trabalho. O ideal é fazer pausas curtas e espaçadas. Por exemplo: Considerando o início do trabalho às 8 horas e o término às 17 horas, o ideal seria uma pausa entre 9 e 10 horas; outra entre 14 e 15 horas, mais uma hora para o almoço. Com isso, você terá 4 horas recuperadas, já que a hora antes do almoço e do término da jornada contam como horas recuperadas.

Trabalhe em outros lugares: De vez em quando, pegue seu notebook e vá trabalhar em lugares inusitados. Um café, uma biblioteca, um parque… Quebrar a rotina do trabalho, mesmo quando ele é feito em casa, é muito saudável para sua criatividade.

É isso ai, aproveite as dicas, monte seu escritório e nos mande uma foto para a gente ver como ficou. Abraço e uma semana produtiva e rentável para todos nós!

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