7 passos para formar um Comitê de Ergonomia comparado a um time de voleibol
Os 7 passos para formar um Comitê de Ergonomia comparado a um time de voleibol.
A estruturação de uma equipe que irá gerenciar as questões de Ergonomia da empresa, quando feita no momento e da forma correta, faz toda a diferença.Todo programa de melhoria continua, como um sistema de LEAN Manufacturing / 6Sigma ou sistemas voltados para manutenção, conta com a formação de uma equipe multi e interdisciplinar.
Então porque com a um Programa de Gestão de Ergonomia que trata de melhorias nos processos e postos de trabalho a coisa deveria ser diferente?
Pois não é! Pelo contrário, o treinamento do que eu chamo de Time de Ergonomia, ou o conhecido Comitê de Ergonomia deve ser feito logo que a empresa concluir a lição de casa em termos de Ergonomia.
Fazendo a lição de casa:
Essa lição começa com a elaboração de uma Análise Ergonômica do Trabalho (para saber mais sobre como elaborar uma AET vai aqui e baixe nosso e-book).
Com uma análise em mãos e um Plano de Ações bem estruturado, é hora de fazer o que chamamos de Diagnóstico Ambulatorial e Legislativo, material que irá servir como base para o desenvolvimento de indicadores (para saber mais sobre exemplos do uso de indicadores, como o PARETO na Gestão de Ergonomia vai aqui).
Basicamente esse Time de Ergonomia irá puxar o cumprimento das ações, acompanhar e agir sobre os indicadores e elaborar, monitorar e manter os padrões estabelecidos, como: Normas, Procedimentos, Acompanhamento de Novos Projetos.
O Brasil não é só o país do Futebol! O Brasil é o país do Vôlei.
Segundo a nossa experiência esse time só irá ganhar o campeonato, se respeitar algumas regras. E a primeira delas é começar pequeno, pensar grande e crescer rápido. O Time não deve ter mais do que 6 integrantes, que assim como um time de voleibol irá trabalhar de forma sincronizada e harmoniosamente para saber atacar e defender nos momentos certos, mas sempre juntos, rodando dentro da “quadra” e puxando as demais pessoas.
Confere abaixo os 7 passos para montar um Time de Ergonomia vencedor.
Passo 1. Desenvolver uma política de ergonomia. Essa política é a base de tudo e deve deixar claro qual é a vontade da alta direção da empresa quanto as questões envolvendo Ergonomia, seja do ponto de vista da saúde e segurança bem como das melhorias dos processos produtivos.
Passo 2. Escrever um plano. O Plano deve ser o desdobramento da Política de Ergonomia que foi definida no primeiro passo. O Plano deve ser o mais conciso e claro possível. Itens fundamentais que o plano deve responder:
Quem são as pessoas chave?
Quais são as atividades chave?
Quais os recursos chave?
Qual o valor que o sistema de gestão de ergonomia se propõe a entregar?
Qual será a relação com os clientes (internos: funcionários; e externos: clientes, fornecedores)?
Quais serão os canais pelos quais iremos nos comunicar (vender o projeto)?
Para quais seguimentos de clientes internos iremos trabalhar/focar (área piloto, área mais crítica, área onde esteja sendo desenvolvido um projeto modelo)?
Qual a estrutura de custos e investimentos necessários?
Quais as fontes de receitas para esse projeto?
Passo 3. Montar um time comparado a uma equipe de voleibol. Nós altamente recomendamos que esse time seja o mais enxuto possível, a exemplo do que acontece com equipes de voleibol, onde 6 atletas jogam juntos, rodam a quadra toda e se alternam o tempo todo.
Dessa forma um modelo pode ser formado por:
Gerente 01 representante da CIPA 01 representante da área de manutenção 01 representante de projetos 01 pessoa do SESMT 01 profissional chave da área administrativa (área jurídica, RH ou compras)
Passo 4. Treinamento e capacitação do time. A carga horária pode variar conforme o plano que foi definido a partir da Política de Ergonomia e consequentemente de acordo com o aprofundamento que se pretende dar aos trabalhos (escopo do projeto). Mas, de forma geral um curso de 20 a 30 horas costuma ser bem eficiente, podendo ser complementado ao longo do ano, com o desenvolvimentos de atividades mais práticas.
Passo 5. Definir os indicadores. Esse é o passo mais importante de todos, deixar claro para o time quais as METAS, onde queremos chegar, quais os principais adversários, qual a duração do trabalho. Segundo a nossa experiência, esses indicadores (números) devem ser definidos junto com os gestores da empresa, ligados direta e indiretamente ao processo, devendo inclusive estar alinhados aos demais indicadores da empresa.
Passo 6. Garantia de recursos. Esses recursos envolvem
Pessoas: autonomia para que os integrantes do time possam seguir com o plano que foi escrito e aprovado.
Materiais: adequar os designs de materiais (máquinas e equipamentos) da empresa às condições de adaptação do trabalho ao homem: conceito básico da ergonomia.
Financeiro: Não só com relação as fontes de receitas disponíveis para o desenvolvimento do projeto, como descrito no passo 2, mas como criar uma política de compras que seja eficiente e consciente.
Tempo: Mantendo um cronograma de trabalho flexível e funcional ao mesmo tempo, garantindo dessa forma o sucesso do treinamento, das reuniões e dos prazos (startlines edeadlines).
Passo 7. Estruturar auditoria de primeira classe. O homem só faz aquilo que você controla. O sucesso de todo sistema de gestão de ergonomia está no controle não só dos indicadores, bem como sobre o plano de ação proposto e o desempenho de cada área (o ideal é trabalhar de forma setorial).
Se você se interessou por esse assunto, não perca no próximo dia 17/04 uma quinta-feira mais um Web Seminário (Curso On Line) onde vamos falar tudo sobre como montar um Time de Ergonomia, um passo-a-passo prático e direto.
Agora é só escalar o Time e ir pra cima!