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Hollywood Ergonomia: O que o Homem de Ferro tem a ver com a Ergonomia?


Quando alguém nos ouve traçando uma relação entre a Ergonomia e o Homem de Ferro, logo pergunta: o que tem a ver uma coisa com a outra?

Absolutamente tudo! Dá para fazer uma palestra falando da relação do Iron Man com a Ergonomia. Mas, enquanto a palestra não sai, resolvemos escrever essa matéria que muito provavelmente fará você olhar de outra forma para este personagem da ficção.

As 5 lições de Ergonomia que você tem que aprender com o Homem de Ferro.

Lição 1. Ergonomia é 50% Engenharia e 50% Medicina.

Algumas literaturas definem Ergonomia como sendo a Ciência e a Arte de adaptar o trabalho e o meio ambiente, a interface ao homem. E essa é a primeira lição de que vamos falar.

Quem é fã de Iron Man sabe que o anti-herói, Tony Stark, projetou e construiu sua primeira armadura, a Mark 1, dentro de uma caverna, sendo observado por terroristas que ameaçavam matá-lo… E foi essa armadura que permitiu que ele fugisse de lá ileso, sem sofrer um arranhão.

Ok! Não se constrói um reator com sucatas dentro de uma caverna. Mas a lição aqui tem a ver com a utilização de “n” ciências e conhecimentos para alcançar um determinado resultado na interação entre uma determinada tecnologia a serviço do homem.

Didaticamente, podemos dizer que a Ergonomia é dividida em 50% engenharia e 50% medicina ou ciências humanas em geral. As próprias escolas Francesa e Americana comprovam isso, uma mais contextualizada (qualitativa) outra mais prática, (quantitativa). Sem o conhecimento dessas duas ciências Tony não teria tido êxito. Assim como as empresas que não realizarem um trabalho multi e interdisciplinar estão fadadas ao fracasso.

Lição 2. Interação homem x máquina

Já em seu laboratório Tony projetou a Mark 2 e logo em seguida a Mark 3 que já eram comandadas por ele e por Jarvis, seu ultra mega avançado computador. Ou seja, a armadura do Homem de Ferro é uma máquina comandada pelo homem e pelo computador, numa interação perfeita que minimiza quase a zero a possibilidade de erros. Quando o cérebro de Tony Stark deixa escapar algum detalhe, Jarvis o alerta, afinal ele é um computador programado para agir, e não falha… No entanto, tudo o que Jarvis não consegue analisar, por ser limitado como todo computador, fica para Tony. Quer melhor exemplo de interação homem x máquina?

A relação da ergonomia e a analogia entre Tony e Jarvis, está na interface entre o uso de softwares e hardwares nas empresas. Basta a Microsoft anunciar um upgrade em seu sistema operacional que todo mundo entra em pânico. Por mais que a atualização seja para melhor, causa desconforto nas pessoas, até que se acostumem e tenham tempo de assimilar a nova interface. Quando eu mudei do Windows para o Mac / iOS, foi super difícil a adaptação, levei quase 3 meses para dominar totalmente as ferramentas e o sistema como um todo.

E é isso que os gestores tem que levar em consideração quando implementam sistemas, seja nas áreas administrativas ou na produção.

Lição 3. O uso da tecnologia aumenta o potencial cognitivo e a produtividade das pessoas.

Como dito anteriormente, Jarvis é um super-computador que interage com Tony Stark dentro e fora da armadura. Os conceitos de ergonomia cognitiva são levados às últimas consequências na interação entre os dois, seja no laboratório, no comando da casa, no carro, no smartphone ou até mesmo em momentos íntimos; Jarvis está sempre lá, pronto para responder ao primeiro pedido do chefe e, as vezes, quando este falha, Jarvis o alerta, afinal ele foi projetado para isso, para suprir as falhas do cérebro humano e facilitar a vida do homem.

Quais são os recursos tecnológicos que a sua empresa disponibiliza para melhorar o aprendizado e a Interação entre as pessoas e o ambiente onde estão inseridas? Estamos no século XXI, e ainda é comum técnicos, engenheiros, gestores utilizarem a velha prancheta embaixo do braço. Hoje é possível comprar um tablet bom, cheio de aplicativos a partir de R$ 400,00. O uso da tecnologia aumenta a inteligência do sistema como um todo. As respostas são mais rápidas, a margem de erro é menor, o engajamento da galera acontece. Use a tecnologia e melhore a capacidade de aprender e realizar trabalhos não só eficientes, mas principalmente eficazes.

Lição 4. Adaptação da máquina ao homem

A armadura é feita sob medida para ele, cada milímetro é ajustado. Imagina se Tony tivesse que voar numa armadura folgada, ou pior ainda, com alguns quilos de titânio e ouro apertando suas pernas, braços e tronco… Eu acredito que o resultado não seria tão bom. Certamente sua produtividade seria afetada. Alguma semelhança com as máquinas padronizadas onde o funcionário de 1,60 m precisa ficar na ponta dos pés e o de 1,80 m precisa curvar-se para conseguir operá-las?

A Antropometria, que estuda a relação das medidas do corpo humano é uma importante ferramenta para gerenciar as diferenças entre as pessoas e sua interação em determinados postos de trabalho. Seja no uso de um equipamento novo, na instalação de uma máquina ou uso de uma ferramenta, não deixe de olhar para as distâncias, alturas, larguras, e principalmente para a flexibilidade e individualidade de cada um.

Lição 5. “O ser humano não é filho de Empilhadeira com Guindaste.”

Ouvi essa frase do Dr. Hudson Couto, durante uma de suas aulas. Não tem cabimento hoje em dia ainda existirem atividades e ambientes de trabalho primitivos, onde as pessoas se utilizam da força bruta sem que se exija nada da sua capacidade de raciocínio.

O pior é quando a empresa fornece o recurso, dá a condição e o cara não utiliza. A questão é: Por que não utiliza? Falta de treinamento? Falta do gestor vender a ideia? Má indicação do recurso? Tempo insuficiente para se adaptar? São essas perguntas que devem ser respondidas.

O homem de ferro é capaz de jogar um carro longe, de voar, de ver além do alcance da visão humana. Ou seja, ele só precisa saber o que fazer, tomar as decisões, o resto fica por conta da máquina, exatamente como deveria ser nos ambientes industriais.

Espero que agora você esteja convencido que podemos tirar lições de onde menos se espera… E tem gente que acredita que Ergonomia é uma matéria chata.

Nossa intenção ao escrever sobre coisas, digamos menos convencionais, é despertar o interesse das pessoas para assuntos tão importantes como esses.

Recebemos vários feedbacks de profissionais que nem imaginavam a abrangência da Ergonomia e que a partir desses artigos passaram a olhar com outros olhos para as suas rotinas de trabalho.

E você? Continua acreditando que é uma baita viagem esse tipo de analogia e relação? Deixe seu comentário, visite nosso blog, participe de alguma forma.

Um ótimo final de semana e a dica é que você assista ao filme do Iron Man só que agora com outros olhos.

Abraço e Vamos pra cima!

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