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A ergonomia e as gestantes que trabalham

A ONE PAGE desta semana destaca um interessante artigo científico intitulado “Influência da gestação na ergonomia da vida diária”, publicado no site efdesportes.com, de autoria do Ddo. Pedro Ferreira Reis; do Dr. Antonio Renato Pereira Moro e da Esp. Cleangela Mendes de Andrade Reis.

Neste estudo, os autores destacam as alterações fisiológicas que afetam a vida das gestantes, sobretudo no ambiente de trabalho e principalmente quando a atividade laboral envolve movimentos repetitivos e/ou utilização de força física somando a inexistência de mecanismos de regulação, como as pausas.

Segundo o estudo, as variações hormonais ocorridas na gestação, que tem como objetivo preparar a mulher para o parto, acabam favorecendo o desenvolvimento de patologias laborais.

A síndrome do túnel do carpo, a tendinite de De Quervain e a síndrome de Ghion, além de lombalgias, são problemas que podem ter relação com atividades repetitivas e que envolvam força. Além disso, ambientes frios, muito quentes ou ruidosos também podem favorecer o aparecimento de patologias em gestantes.

Os autores destacam ainda que durante todo o período de gestação a mulher apresenta vários sintomas relacionados a coluna lombar, mãos e punhos, joelhos e tornozelos e, que neste sentido, a ergonomia, ou mais especificamente, uma criteriosa análise ergonômica pode trazer mais conforto e um ambiente laboral mais adequado às necessidade da mulher gestante.

O artigo apresenta ainda um estudo de caso envolvendo 90 gestantes que detalha os principais constrangimentos que acometem as mulheres em cada um dos períodos gestacionais. Destaque para o primeiro e o terceiro trimestre de gestação onde as queixas gastrointestinais, digestivas, urinárias e genitais apresentam percentuais de queixa acima de 95%.

Se interessou pelo assunto? Então leia o artigo na integra clicando aqui. http://www.efdeportes.com/efd147/gestacao-na-ergonomia-da-vida-diaria.htm

Nosso comentário sobre este tema:

Muitas vezes as empresas se veem diante de situações que exigem tratamento específico, direcionado, mas não sabem exatamente como agir. É complicado quando um engenheiro de segurança, um técnico ou mesmo um profissional de RH precisa tomar a decisão de remanejar ou não uma gestante. E mesmo que decidam fazê-lo, remanejar para onde? Qual o posto mais indicado, o que pode e o que não pode, o que é mais ou menos adequado? Essas dúvidas acabam interferindo na decisão e podem acabar levando a omissão ou mesmo a ações erradas, que muitas vezes não ajudam em nada.

Que as grávidas precisam de atenção diferenciada isso é fato e muitas vezes não basta conferir à elas os direitos previstos na lei trabalhista, pois cada caso é um caso e, quando o trabalho envolve riscos, a coisa precisa ser tratada com mais zelo.

Como os próprios autores do artigo apresentado acima concluem a ergonomia pode ajudar muito a conferir mais conforto às trabalhadoras gestantes. E, a forma mais efetiva de conseguir essa contribuição é por meio de um estudo ergonômico específico ou de uma abrangente e conclusiva análise ergonômica que deixe claro aos gestores o que fazer.

7 dicas para cuidar de gestantes no ambiente de trabalho

1) Adote mecanismos de regulação e realize um estudo sempre que a gestante estiver envolvida em atividades repetitivas ou com demanda de esforço físico moderado ou pesado;

2) Envolva a equipe médica nas decisões a serem tomadas. O ideal é contar com o apoio de uma equipe inter e multidisciplinar: nutricionista, médico, fisioterapeuta… Se a sua empresa não conta com o apoio de uma equipe tão completa assim, procure a empresa parceira ou veja com a administração do plano de saúde corporativo se há algum suporte disponível;

3) Ouça o que a gestante tem a dizer. A percepção do trabalhador é crucial em qualquer análise ergonômica, neste caso não é diferente. Cada mulher tem sintomas específicos e sente-se melhor ou pior em situações distintas;

4) Trabalhar o tempo todo em pé é um fator que merece atenção e deve ser evitado quando envolve qualquer trabalhador, no caso de gestantes essa condição é mais restritiva ainda. O ideal é alternar a postura entre sentado e em pé ou semi sentado e andando, sendo o ideal que a própria pessoa possa escolher o momento de alternar entre essas posturas;

5) Oriente a gestante sobre os cuidados quanto a postura na hora de dormir, sentar-se, fazer atividades diárias, a atenção deve transpor os muros da empresa;

6) É comum a população feminina de uma empresa engravidar em um mesmo período, 5, 10 mulheres grávidas, todas juntas. Isso ocorre em períodos de menstruação e tem explicação nos hormônios. Caso a sua empresa tenha esse cenário, estude a viabilidade de criar grupos de mães para fazer atividades preventivas, com atividades físicas como yoga, pilates, massoterapia, alongamentos. Além de ser saudável, promove a socialização e previne problemas comuns nesse período;

7) Se a sua empresa tem uma população predominantemente feminina e se esta questão é recorrente, pense em elaborar um estudo ergonômico específico para esta finalidade.

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