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Zero ou ó? Um ou i?: A ergonomia cognitiva explica!

Ergonomia além de ser a ciência que busca adaptar o trabalho (e as coisas) ao homem é, também, uma arte que melhora a vida em quase todos os seus segmentos.

Quem já teve um Fiat Uno, com o rádio lá embaixo, quase no assoalho e depois comprou um carro mais novo com o rádio mais próximo das mãos ou mesmo um com comando satélite sabe do que estamos falando.

Hoje vamos falar um pouco sobre a Ergonomia Cognitiva, também conhecida como “engenharia psicológica”. Esse ramo da ergonomia estuda aos processos mentais, tais como: percepção, atenção, cognição, controle motor, processos de armazenamento e recuperação de informações da memória e como eles afetam as interações entre os seres humanos e outros elementos de um sistema.

A ergonomia cognitiva trata, entre outras coisas, da carga mental de trabalho; da vigilância; dos processos que envolvem a tomada de decisão; desempenho de habilidades; erro humano; interação homem/máquina e ações de treinamento.

Hoje vamos introduzir alguns conceitos que ilustram a ergonomia cognitiva por meio de exemplos muito práticos, vividos por nós no dia a dia.

Vejamos:

Você certamente já esteve lendo um texto – isso acontecia muito na escola – e quando terminou uma linha voltou ao início dela ao invés de passar para a linha de baixo. Provavelmente esse texto não estava seguindo um princípio ergonômico de espaçamento de entre linhas, que deve ser de 1/30 do comprimento. Ou seja, em um texto com 180 mm de largura, por exemplo, as linhas devem estar espaçadas 6 mm uma das outras.

Legal né? Isso é ergonomia.

E no caso daquela palestra que você tanto queria ver, mas acabou se atrasando um pouquinho e sentou lá atrás, exatamente num ponto onde era impossível enxergar o texto que o palestrante projetava. Tá aí outro princípio de ergonomia que não foi levado em consideração quando a apresentação foi montada. Pois, para que um texto fique visível ele precisa ter uma altura equivalente a 1/200 da distância entre o espectador e a tela de projeção.

Uma pessoa sentada a 20 metros de distância terá uma boa visualização de textos que tenham no mínimo 10 cm de altura. Se o texto for menor que isso a leitura será prejudicada e cansativa.

E quanto a propaganda… Quanto dinheiro é jogado fora porque o publicitário esquece que letras artísticas podem dificultar a rápida leitura e aí muita gente passa pela propaganda sem conseguir ler a mensagem.

E aquele site que tem matérias ótimas, mas tudo digitado em letras maiúsculas? A caixa alta deve ser evitada, pois as palavras adquirem um formato padrão, tudo parecido com um retângulo, de modo que o olho terá de analisar letra por letra e o cérebro terá de decodifica-las uma a uma até compreender o que está escrito, tudo de maneira inconsciente, mas que num texto longo irá refletir em cansaço visual. As letras minúsculas tem prolongamentos para cima e para baixo, o que faz com que tenham uma “imagem” diferente uma das outras, facilitando a tarefa do cérebro de compreender o significado de cada uma. Ergonomia que poucos conhecem.

E na indústria, quando o assunto são controles de produção, o problema pode ir muito além de uma dificuldade de leitura. Nesse caso, a interpretação errada pode resultar em acidentes. É o caso de códigos ou indicadores de máquinas que não levam em consideração os sinais parecidos, como é o caso do número 1 e das letras “I” e “L” que são muito parecidos, ou o número 0 em relação às letras “O” e “Q”.

Passe a observar melhor as coisas que te cercam e provavelmente você encontrará ergonomia em quase tudo.

Bom trabalho!

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