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QVT - Qualidade de vida no trabalho


Ao longo da história o trabalho se mostrou indissociável da condição social humana, sendo que é através dele que produzimos os bens e serviços necessários para a nossa sobrevivência. Isso permite que as economias cresçam e a sociedade desenvolva.

Contudo, a relação do ser humano com o trabalho está longe de ser harmoniosa e durante muito tempo a atividade foi considerada penosa e relacionada às classes que ocupam os extratos mais baixos da pirâmide social.

Assim como os diversos aspectos de nossa vida em sociedade, o mundo do trabalho sofreu os efeitos das transformações e desenvolvimentos tecnológicos e do conhecimento. Neste sentido poucos acontecimentos foram tão influentes quanto os experimentados da primeira revolução industrial.

A introdução das máquinas na produção de bens e o surgimento das fábricas introduziram uma divisão maior do trabalho, deu corpo a novos campos do conhecimento e possibilitou a produção em massa de bens de consumo, o que levou ao desenvolvimento da economia em escala global e a avanços tecnológicos em uma velocidade nunca antes experimentada.

Se no início desse processo a preocupação com o bem estar dos trabalhadores passava longe das prioridades de empresas e organizações, a pressão da sociedade civil na conquista por direitos aliados ao desenvolvimento de teorias que buscavam organizar o trabalho e um mercado altamente competitivo levou a qualidade de vida no trabalho ao centro das discussões.

Iniciados na década de 1950, os estudos que buscavam através de soluções sócio-técnicas pensar sobre a qualidade de vida no trabalho chegaram ao público e passaram a ser aplicadas pelas organizações apenas 20 anos depois, em 1970, quando o “toyotismo”, modelo japonês de organização do trabalho, passou a exercer influência global.

A qualidade de vida no trabalho nos dias atuais

O aprofundamento da globalização elevou a competição nos mercados, obrigando as empresas e organizações desenvolverem inovações e soluções voltadas não apenas aos seus produtos finais, mas também aos processos internos na busca por adquirir vantagem competitiva diante da concorrência.

Dessa forma ficou constatado que oferecer condições que tornem o trabalhador mais satisfeito com a sua atividade laboral e conseqüentemente a sua condição de bem estar, possibilitam um maior engajamento e produtividade, sendo medidas com alto poder de impacto nos resultados alcançados.

Embora a redução da jornada de trabalho seja observável em diversas partes do mundo, a realidade encontrada pela maioria das pessoas é que em sua maior parte do dia a mesma se encontra em seu ambiente de trabalho. Desta forma, este é um dos maiores influenciadores na qualidade de vida alcançada.

Para entender melhor, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), qualidade de vida pode ser definida como: “a percepção do indivíduo de sua posição na vida, dentro da cultura e do sistema de valores no qual o mesmo está inserido em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações".

No mundo do trabalho esse conceito está ligado a preocupações com o bem estar e saúde dos funcionário no exercício de suas tarefas, se ligando aos aspectos físicos, ambientais e psicológicos do local de trabalho.

Com certeza você já deve ter ouvido que trabalhadores motivados e satisfeitos produzem melhor e é exatamente essa a ideia do QVT: ao enxergar as empresas e pessoas como um todo é possível aplicar medidas com foco na preservação e desenvolvimento das pessoas.

Se as pessoas são as responsáveis por gerar os resultados, chegamos então à conclusão que é preciso investir nas pessoas, sendo que esse vai além da questão monetária e passa pela criação de um clima organizacional favorável e com funcionário que compactuem com a cultura e os valores das empresas.

Ainda podemos apontar como fator fundamental nos dias de hoje para a adoção da preocupação com o QVT por parte das empresas e gestores, a retenção e desenvolvimento de talentos, que na era do conhecimento e informação são um dos maiores ativos que qualquer organização pode contar.

Empresas que não se preocupam com a qualidade de vida do trabalhador, além de estarem abrindo mão das ideias de gestão mais modernas e eficazes, podem estar desperdiçando as potencialidades dos seus funcionários e até mesmo oferecendo, indiretamente, os melhores funcionário para a concorrência.

Dessa forma, um bom setor de recursos humanos deve sempre buscar aplicar medidas, utilizando campos da psicologia, administração de empresas, ergonomia, sociologia, entre outras áreas do conhecimento, para desenvolver e aprimorar o bem estar e satisfação dos funcionário com o trabalho,

contribuindo assim para o aumento da produtividade e na obtenção de resultados de excelência.

Ficou com dúvidas ou tem alguma sugestão? Deixe um comentário!

Até o próximo post e Go ahead, together!

Este artigo foi escrito por:

Omar Alexandre Ferreira, sócio fundador da Ergotríade, é Fisioterapeuta do Trabalho, Engenheiro de Produção e Mestrando em Ergonomia e Rodrigo Cirino de Souza, sócio co-fundador da Ergotríade, é Engenheiro de Produção e Comunicador Social.

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