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5 erros que devem ser evitados na gestão de ergonomia

5 erros que toda empresa deve evitar para ter sucesso com a Gestão de Ergonomia e obter resultados tangíveis.

Esse artigo foi inspirado no e-book publicado por Rostykus sobre os cinco erros que as empresas cometem a respeito da Ergonomia.

Bem resumidamente o livro fala a respeito do sucesso que as empresas que praticavam benchmarking obtiveram por aprender com os erros dos outros. Abaixo nossa versão a respeito dos cinco erros que toda empresa deve evitar.

Esses pontos são baseados na nossa experiência em anos de trabalhos desenvolvidos em empresas de todo o Brasil, observando os pontos fortes e principalmente aprendendo com os erros dos outros.

“Aprenda com os erros dos outros. Você não consegue viver tempo suficiente para cometer todos por si mesmo.”

Eleanor Roosevelt

Erro 1: Foco no problema.

É muito comum os gestores focarem no problema, ao invés de trabalharem as causas. Apesar de parecer óbvio, são poucas as empresas que promovem programas de prevenção, começando pela elaboração de uma Análise Ergonômica do Trabalho bem estruturada, com a qual seja possível identificar os riscos e elaborar um plano de ação customizado e condizente com a realidade da empresa, que permita a mitigação dos riscos envolvendo padrões de alta repetitividade, duração e intensidade dos esforços físicos, além da falta de mecanismos de regulação.

Não é raro trabalharmos os indicadores do ambulatório médico, olhando para as estatísticas de afastamento. É como analisar uma partida de futebol depois que o jogo terminou, é tarde demais para tentar fazer alguma coisa a respeito dos gols perdidos, da falha da defesa, dos jogadores expulsos.

Erro 2: Falta de repertório.

Quando o único instrumento que você tem é um martelo, todo problema que aparece você trata como um prego. Ergonomia se trabalha sob demanda. Cada empresa tem sua realidade, sua política, pessoas diferentes. Mesmo que os processos e os equipamentos sejam muito parecidos, é preciso trabalhar de forma sistemática, analítica, utilizando-se diversas ferramentas mundialmente conhecidas, além de métodos utilizados na Engenharia de Produção e na Gestão da Qualidade. Quando se trabalha de forma quantitativa e não só qualitativa, o trabalho se torna sustentável frente a alta administração da empresa.

Erro 3: Trabalhar ergonomia apenas como uma extensão da segurança do trabalho.

A ergonomia faz parte da Gestão de Segurança de qualquer empresa. Assim como o meio ambiente, ambas são ciências comuns. Porém, é um erro ignorar todo o potencial que se pode conquistar ao trabalhar a Ergonomia como Gestão. Ao analisar um processo por meio de uma Análise Ergonômica, você identifica oportunidades de melhoria com relação à movimentação, distâncias percorridas, movimentos desperdiçados, atividades que não agregam valor ao processo, desajustes no arranjo físico, linhas desbalanceadas…

E todos esses fatores refletem não só em riscos ergonômicos como em perda de produtividade e desperdícios. Um exemplo bem prático é a adoção de um sistema de rodízio bem definido, que à primeira vista pode gerar desconfiança quanto a queda de cadência e perda de produtividade, mas que a médio e longo prazo contribui não só para tornar os postos mais flexíveis em caso de falta ao trabalho, reduzir a sobrecarga e consequentemente os afastamentos, mas também melhorando os índices de rotatividade (turn-over), mitigando os impactos da curva de aprendizagem de novos funcionários permitindo uma constância na capacidade de produção individual e coletiva da equipe de trabalho.

Erro 4: Falta de parâmetros.

Quando se trabalha com um Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho – LTCAT, é comum comparar os resultados aferidos com os padrões de Limite de Tolerância conhecidos. Com a Ergonomia não deve ser diferente. Muitos trabalhos ainda são baseados no “achismo”, embasados somente na percepção do avaliador ou das pessoas envolvidas. Observa-se um funcionário empurrando um carrinho de carga que pesa 500 kg e logo se conclui que aquela atividade oferece risco. Mas, não há uma análise criteriosa, observando-se fatores como: distância percorrida, altura da manopla em relação ao piso, coeficiente de atrito, tipo de rodízio do carrinho, frequência que a carga é movimentada, duração dessa atividade, força aplicada para colocar o carrinho em movimento (torque) e a força mantida durante o transporte. Somente com o uso da técnica e de informações objetivas é que se poderá deixar claro aos gestores as ações e as decisões que deverão tomar.

Erro 5: Falta de priorização.

É comum, ao apresentarmos um trabalho com algumas ações envolvendo a melhoria dos processos, onde é claro o ganho que a empresa irá obter, os gestores quererem resolver tudo de uma vez. Isso não funciona, e pode gerar uma frustração geral. O ideal é trabalhar as ações por prioridade e isso não necessariamente quer dizer fazer aquilo que oferece o maior risco. Pode ser que a resolução de uma determinada ação onde trabalha o maior número de pessoas, seja mais produtivo e eficaz. Mais uma vez recomendamos olhar para ferramentas conhecidas, como a utilização do Pareto, por exemplo. Para saber mais sobre a utilização dessa ferramenta na Gestão Ergonômica, acesse o link e leia o artigo que publicamos.

Muitos profissionais ainda vinculam a Ergonomia como uma forma de evitar doenças. Essa relação talvez seja uma herança das décadas de 1970 e 1980.

A Ergonomia pode e deve ser trabalhada como um método, um conjunto de ferramentas, uma ciência que se vale de outras ciências, sejam elas da área biomédica ou da engenharia, que não só previnem doenças do trabalho, mas trazem resultados tangíveis para as companhias.

Encontramos nas literaturas diversos relatos de ganhos com índices de produtividade, redução de custos e perdas com afastamento e falhas no processo produtivo. Não é a toa que conceitos atuais e modernos de LEAN trabalham conceitos clássicos tratados pela ergonomia.

Conhecer os 5 erros que discutimos nesse artigo pode não ser a solução para os problemas da sua empresa, mas já é um importante passo. Divulgue esse artigo entre os gestores da sua empresa, leve essa pauta para a reunião de resultados, mude a forma de pensar das pessoas que trabalham com você, e por que não, mude a forma como você pensa.

Se esse artigo foi útil para você de alguma forma, compartilhe, deixe seus comentários, faça a coisa acontecer. Afinal, estamos aqui para ajudar as pessoas a tomarem melhores decisões, foi para isso que viemos e você?

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